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segunda-feira, 17 de abril de 2017

ABERTURA DO DIAFRAGMA: O MISTÉRIO DESVENDADO!

A abertura do diafragma explicada
A função da abertura do diafragma no controle da exposição
Todo o fotógrafo no início de carreira tem muita dificuldade em compreender a escala de números f/. Por que um número baixo, como f/2.0 pode proporcionar maior passagem de luz em relação a f/22 ?  Vamos explicar estas dúvidas agora:
 A determinação da abertura do diafragma é feita por meio de uma nomenclatura própria, denominada ESCALA DE NÚMEROS f/. Quanto maior for o número, menor será a quantidade de luz a ser transmitida pela objetiva, e menos luminosa a imagem se formará. Esta escala se apresenta da seguinte forma: f/1,f/ 1.4,f/ 2, f/2.8,f/ 4,f/ 5.6,f/ 8,f/ 11,f/ 16,f/ 22,f/ 32, e outras.
 Nessa escala, reduz-se sempre a metade a luz do numero anterior, ou seja, a abertura f/2 é a metade em relação à f/1.4, mas representa o dobro em relação à f/2.8. À medida que se fecha o diafragma a sua área é reduzida pela metade, e à medida que se abre, esta área é dobrada.
 Os números f/ correspondem a uma série de círculos decrescentes. A maior abertura, maior entrada de luz, corresponde ao 1. Em cada posição sucessiva, a área do circulo correspondente vai sendo reduzida, para o que temos que dividir o diâmetro do circulo maior pela raiz de 2, raiz de 4, raiz de 8 é raiz de 16, e assim por diante. Os produtos dessas raízes são: f/1.4, f/ 2, f/ 2.8 e f/ 4. Estes produtos são os números que aparecem na borda do diafragma e correspondem à grandeza a que é reduzida a superfície da abertura.
 As velocidades de um obturador mais complexo, geralmente variam de B até 1/8000s. Estas velocidades, ou tempos de exposição, aumentam ou diminuem em um sistema múltiplo de dois. Cada uma delas é o dobro da velocidade seguinte é a metade da anterior, ou seja, por exemplo, 1/125 “é o dobro de tempo de 1/250″ e a metade de 1/60.            
 Desta forma, pode-se estabelecer com precisão a relação entre a abertura do DIAFRAGMA, que são determinadas pelas mesmas bases. Caso tenhamos que reduzir a velocidade de 1/60, para 1/125, afim de “parar” o movimento de uma pessoa caminhando, teremos que abrir o DIAFRAGMA em um ponto (+1), de f/5.6 para f/4. Por quê? – Porque diminuímos pela metade o tempo de exposição, que implicará em uma sub-exposição (-1). Abrindo o DIAFRAGMA de f/ 5.6 para f/4, dobramos a quantidade de luz por ela admitida, e assim teremos uma imagem com a mesma gama de contraste.
A luminosidade de uma lente depende de seu diâmetro e de sua distância focal. Como estas duas grandezas variam inversamente uma em relação à outra, ou seja, quanto maior o diâmetro da lente mais luminosa ela é, e quanto maior a distância focal menor a luminosidade da mesma, é possível medir a característica de luminosidade de uma lente em relação à outra através do quociente “distância focal / diâmetro da lente”.
Uma lente comum (exceto zoom) não pode ter sua característica de distância focal alterada, porém pode ter sua característica de diâmetro alterada, através de um dispositivo denominado diafragma. Abrindo-se ou fechando-se o mesmo é possível controlar a luminosidade da lente, daí o termo abertura ser utilizado para medir esta característica da lente. A letra ” f ” minúscula é utilizada para representar este quociente:
 Onde:
  • f é o valor da abertura do diafragma obtido
  • Distância focal é o comprimento da lente em questão
  • A é o diâmetro da abertura da lente, em milímetros
Estas grandezas são medidas em milímetros, assim, um exemplo de abertura para uma determinada lente é f = 100mm / 50mm o que resulta no valor f = 2. Existe uma convenção, herdada do mundo fotográfico, onde a abertura ajustada em determinada lente é representada por ” f/x ” onde ” x ” é o próprio valor da abertura ” f “. Assim, no exemplo acima a abertura da lente de distância focal 100mm e diâmetro 50mm é indicada por ” f/2 ” Para facilitar o uso do diafragma, foram estabelecidos valores-padrão para suas aberturas em uma escala de pontos (f-stops), onde cada ponto corresponde a uma abertura do diafragma que deixa passar metade da luz do ponto antecessor e o dobro da luz do ponto sucessor. O desenho abaixo mostra uma seqüência dessas aberturas, onde, da esquerda para a direita, a área central (por onde passa a luz) de uma dada abertura tem metade do tamanho da área da abertura da esquerda e o dobro do tamanho da área da abertura da direita:
 Como a área pela qual passa a luz no diafragma é a de um circulo, existe uma fórmula matemática (vide final deste item) que a relaciona com seu diâmetro: a área de um círculo dobra se seu diâmetro for multiplicado por v2 (raiz quadrada de 2) e fica dividida pela metade se o mesmo diâmetro for dividido também por v2.
Conforme visto acima, a abertura de uma lente pode ser representada pelo quociente da distância focal da lente pelo diâmetro da mesma, ou seja, para uma determinada lente com distância focal fixa F, a abertura pode ser indicada por f = F / D , onde ‘ D ‘ é o diâmetro da abertura do diafragma (que pode ser considerado como o diâmetro da lente).
Para obtermos uma abertura f ‘ com metade da área de uma dada abertura f , é necessário portanto dividir seu diâmetro por v2. Assim,
se f = F / D , f ‘ será F / (D / v2)
o que é o mesmo que F / 1 multiplicado por v2 / D , ou seja, F / D multiplicado por v2 ;
como F / D = f , conclui-se que
f ‘ = f multiplicado por v2
Considerando-se = 1 como o valor máximo de abertura da lente (diafragma totalmente aberto), o próximo valor será portanto 1 multiplicado por v2 . Como o valor de v2 = 1,4142135… , chega-se em 1,4, que é o valor do próximo número ‘ f ‘ (f-stop), o que deixa entrar metade da luz pelo seu orifício em relação a f = 1 .
A seguir, sucessivamente, multiplicando-se cada valor de f por v2 , tem-se os valores da escala padrão de aberturas, ou seja:
f/ 1.0 / 1.4 / 2 / 2.8 / 4 / 5.6 / 8 / 11 / 16 / 22 / 32
Onde, da esquerda para a direita, cada ponto significa metade da luz admitida pela lente em relação ao ponto anterior e vice-versa. A abertura máxima da lente (diafragma totalmente aberto) corresponde ao valor 1.0. No entanto, como as lentes possuem anéis ao seu redor para fixá-las à objetiva e outros elementos internos, suas aberturas máximas nunca são 1.0 e sim valores um pouco menores do que isto, como f/1.2, por exemplo.
 Esse valor de abertura máxima varia, portanto de lente para lente, porque depende da sua construção, e influi na luminosidade da lente; assim, para lentes de mesmo diâmetro e mesma distância focal (outro fator que influi na luminosidade), uma lente com abertura máxima 1.2 é mais luminosa do que uma lente cuja abertura máxima é 1.8 . Por outro lado, para lentes com diâmetros diferentes e mesma distância focal, ter a mesma abertura máxima não significa que as lentes sejam igualmente luminosas: entre duas lentes com mesma distância focal e abertura máxima 1.3 , se a primeira tiver diâmetro maior do que a segunda é mais luminosa do que esta. E, ainda, duas lentes com mesmo diâmetro, mesma abertura máxima e mesma distância focal podem diferir (embora pouco) na característica luminosidade, que também depende do material com que as mesmas são confeccionadas.
Quanto ao diâmetro, no segmento semi-profissional os mais comuns são: 52mm, 58mm,62 mm,67 mm,72 mm,77 mme100 mm.
A abertura sempre trabalha em conjunto com a velocidade do obturador para obter-se a exposição correta da imagem. Ambos vão determinar o  EV = zero, da cena a ser fotografada, com o contraste adequado.
Texto: Enio Leite
Focus Escola de Fotografia
http://www.focusfoto.com.br
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Preciso fazer faculdade de fotografia? - Coisa de Fotógrafa

domingo, 16 de abril de 2017

CONHEÇA OS VENCEDORES DO PRÊMIO PULITZER DE FOTOGRAFIA 2017

E. Jason Wambsgans e Daniel Berehulak levam os prêmios de melhor reportagem fotográfica e fotojornalismo, respectivamente
por Revista FHOX
O prêmio Pulitzer é uma iniciativa norte-americana, administrada pela Universidade de Colúmbia, em Nova Iorque. Foi criada em 1917, por Joseph Pulitzer, que, antes de falecer, deu dinheiro a instituição para realizar esse evento. Desde então, os Prêmios Pulitzer são sempre anunciados em Abril.
Esse ano, o anúncio ocorreu na noite de ontem (10) e premiou E. Jason Wambsgans e Daniel Berehulak, como melhor reportagem fotográfica e fotojornalismo, respectivamente, além das outras 19 categorias associadas a literatura, artes e comunicação.
Na primeira categoria mencionada, E. Jason Wambsgans leva todo o presígio e uma quantia de US $ 15.000 em dinheiro, por sua narrativa de um garoto de 10 anos, com sua mãe, tentando voltar a uma vida normal após sobreviver a um tiroteio em Chicago. A sério fotográfica e preto e branco e revela aspectos sensíveis da vida depois do caos.
O fotógrafo da Chicago Tribune desde 2002, Jason trabalhava cobrindo todos os tipos de notícias e reportagens, mas nos últimos quatro anos se dedicou a documentar o problema da violência e armas nas ruas de Chicago.

Daniel Berehulak é o vencedor da outra categoria. Seu trabalho premiado mostra ao mundo as consequências que estão ocorrendo nas Filipinas por causa da luta contra os cartéis de drogas pelo governo do país.Um retrato gritante, em que as imagens de cadáveres nas ruas e prisões superlotadas foram publicadas no The New York Times e mostram o desrespeito do país em relação à vida humana.
Daniel Berehulak ganhou o Prêmio Pulitzer também em 2015 e garantiu mais cinco prêmios World Press Photo, especializando-se como fotojornalista voltado para conflitos e desastres.
http://www.fhox.com.br/news/nikon-revela-novidades-da-d7500/

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Guia completo de Composições para fotógrafos iniciantes

http://amigofotografo.com.br/noticias/guia-completo-de-composicao-para-fotografos-iniciantes/


Composição é algo engraçado, é importante aprender sobre composição, pois ira ajudar muito na sua fotografia. E também é algo que nunca deve ser desconsiderado também.
Por isso montamos um GUIA de Composições para fotógrafos iniciantes, mas que serve para qualquer nível que estiver a sua fotografia, afinal nunca é tarde para estudar um pouco mais.

PESO VISUAL

Composições para fotógrafos iniciantes
O peso visual, é diferente do tamanho ou peso como sabemos, principalmente para elementos humanos,  ou escrita dento de uma foto.
Entendendo sobre o peso visual, você estará pronto para entender como as pessoas olham as fotos, e como pode posicionar de forma correta os elementos no quadro para direcionar a atenção do espectador. Não é tanto uma ferramenta ou regra, é mais um entendimento.
AQUI ESTÁ UM TUTORIAL COMPLETO DE COMO USAR O PESO VISUAL. 

EQUILÍBRIO NA FOTOGRAFIA

O equilíbrio em uma FOTOGRAFIA afeta como nos sentimos quando olhamos para ela: uma foto desequilibrada pode deixar apreensivo, ou ansioso, assim como uma foto bem equilibrada pode te deixar mais relaxado.
Na verdade, não importa se você escolhe fazer a foto com equilíbrio ou não, mas você precisa entender porque você escolheu fazer isso, e quais as razões para justificar essa escolha.
Essa é uma daquelas situações em que QUANTO MAIS VOCÊ SABE MAIS FACIL É REPRODUZIR O EFEITO DESEJADO.
SAIBA MAS SOBRE EQUILÍBRIO NA FOTOGRAFIA. 
Guia completo de composição

OLHARES EM LINHA

Se você atualmente fotografa pessoas, você está ou estava fazendo fotos de olhares, é importante entender o efeito que eles tem e como nós os vemos nas fotos.
Se você leu o tópico acima sobre peso visual, você já deve entender o poder de ter um rosto (o olhos) na sua foto.
Mesmo assim tem muito mais do que isso. Olhos alinhados tem o poder de focar a nossa atenção em outra parte da foto, e também criar tensão e outros elementos fotográficos. Embora não sejam linhas físicas, elas podem ser usadas para produzir elementos diferentes como triângulos e linhas verticais.
Guia completo de composição

TRIÂNGULOS

Falando de triângulos, vamos olhar para eles.
Triângulos existem em quase tudo que nós vemos, de um jeito ou de outro,  o negócio é apenas distinguir eles e saber o que fazer com eles.
Triângulos são uma ótima ferramenta de composição, são fáceis de criar e manipular, e são notavelmente comuns. Eles são um bom caminho para combinar diferentes técnicas de composição, assim como linhas e caminhos e perspectivas. São usados para criar também mais interesse nas suas fotografias. A melhor coisa sobre triângulos é a habilidade deles de tornar uma foto estável ou instável.
A maioria das suas fotos terá três pontos distintos de interesse, você só precisa identificá-los e uni-los de forma que façam sentido.
VEJA AQUI O TUTORIAL COMPLETO 
Guia completo de composição

PONTO ÚNICO

Antes de seguirmos em frente, precisamos realmente ver o que um PONTO ÚNICO faz em uma foto, na verdade há muito mais o que encontrar os olhos.
Quando você trabalha com um único ponto de interesse em uma foto, você esta olhando para uma de muitas formas de avaliar a composição, isso é algo muito comum. Mas vale muito a pena saber o que fazer com isso.
Um ponto único, pode criar interesse em uma foto de uma forma simples. Eles são normalmente bem pequenos e contrastam bastante com o resto da imagem. Uma foto não precisa ter vários pontos de interesse para ser uma boa foto, basta ter um bom olhar para quem saber criar uma foto que pode ser uma das mais caras do mundo por exemplo.
VEJA UM ARTIGO COMPLETO SOBRE PONTO ÚNICO
barquinho

HORIZONTES

Quando um enquadramento é dividido por uma única e predominante linha, essa linha normalmente é o horizonte, ele é muito comum em fotografias de paisagens, e também em fotos panorâmicas.
Se a foto não for interessante o horizonte poderá se tornar o ponto de interesse da foto, devido a forma como separa o enquadramento. O espaço onde você coloca o horizonte pode ter um efeito enorme na imagem – qual parte da foto é a mais interessante e como você pode fazer o espectador se sentir com essa divisão?

QUADRO DENTRO DO QUADRO

horixon
Quadros são um ótimo elemento da fotografia que podem ser usados para conduzir o olhar do espectador para dentro da fotografia, focando eles em um ponto em particular. Quadros criam a sensação de repetição, profundidade e da aos olhos um caminho para explorar.
A foto de uma cena em primeiro plano torna muito mais interessante ir acumulando planos até a parte mais interessante da fotografia e pode, em muitos casos, ter um peso igual ao restante da fotografia.
VEJA AQUI O TUTORIAL COMPLETO SOBRE ESSA TÉCNICA 
Guia completo de composição

TENSÃO DINÂMICA

Tensão dinâmica é a forma de usar a energia e os movimentos disponíveis no quadro para tirar os olhos do espectador da imagem em direções opostas.
Nós já vimos, uma variedade de diferentes linhas que você pode usar em uma foto para fazer dela mais interessante. A Tensão dinâmica, leva essas linhas e adiciona variações de contrate entre elas, fazendo com que fiquem muito mais interessantes.
Na foto abaixo as linhas se movem do centro para fora da foto. Esse é o lugar onde a composição pode começar a ficar mais avançada, e tende a deixar a sua fotografia mais interessante
Guia completo de composição
Leve o conhecimento que você já aprendeu e use para criar fotos mais interessantes e com mais profundidade.

Como criar o portfólio perfeito de fotografias?

Foto: José Américo Mendes
Foto: José Américo Mendes
Do livro “The Perfect Portfolio”, de Henrietta Brackman, tradução e adaptação de José Américo Mendes.

Apresentação

Especialista em marketing, Henrietta Brackman foi representante, durante anos, do que poderia ser considerado o primeiro time dos fotógrafos americanos, cuidando dos mostruários e das vendas daquela turma, e durante esse tempo colecionou experiências bastantes para escrever um livro, que foi sucesso desde seu lançamento – The Perfect Portfolio – no qual ela não só comenta, mas aconselha o que nós, pobres mortais, devemos observar e fazer para possuirmos aquele portfólio perfeito, em um livro que ainda se mostra perfeitamente atual.
Neste artigo, procurei destacar algumas de suas sugestões, como sempre muito práticas, procurando na medida do possível, reduzir meus comentários, que estarão em negrito e entre parêntesis, de forma a não comprometer o sentido básico da obra, que é muito mais completa do que aparece aqui…

Qual a importância do portfólio?

Segundo a autora, provavelmente muitos erros foram cometidos na apresentação de portfólios e com isso incontáveis vendas foram perdidas. A competição diária entre os profissionais conferiu ao portfólio  uma importância que ele não tinha no passado e todos nós assistimos ao nascimento e desdobramentos de conceitos com os quais não contávamos.

Foto: José Américo Mendes
Foto: José Américo Mendes

  • “ Hoje, diz ela, “não há como negar que um portfólio correto vende o trabalho do fotógrafo e expande suas participações como poucas coisas. Nas agências, ou mesmo na venda direta, o diretor de arte, ou o cliente, reage sempre àquilo que vê.   Se as fotos são de baixa qualidade não espere grande interesse, principalmente se estão mal organizadas. Mas, apresente um portfólio bem montado, com fotos marcantes e o interesse será imediato. Afinal o seu portfólio é sua ferramenta de vendas. Temos, então, algumas questões que devem ser assim definidas:

O que é um portfólio?

Fisicamente é um mostruário e pode ser montado em uma caixa, uma pasta (book), um CD, um tablet, ou até mesmo um pen drive, coisa que muita gente condena.

Como fazer um portfólio?

Há cinco passos que são fundamentais para um portfólio correto.
Primeiro: O trabalho tem que ser bom. Não há uma regra fixa, mas Stanley Carpenter, fotógrafo e nome consagrado na montagem de portfólios, diz que a fórmula mais fácil para se chegar ao sucesso é juntar cinco fotos maravilhosas,cinco fotos sensacionais, cinco fotos ótimas e cinco fotos muito boas…
Segundo: O trabalho deve ser feito, a meu ver, para atingir qualquer pessoa que o examine, sem que seja dirigido a um tipo específico de cliente.
Terceiro: Deve ser convincente, mostrando sensibilidade e versatilidade.
Quarto: Deve ser organizado para que possa passar, de pronto, uma imagem positiva não só do profissional, mas de seus métodos, estilo e técnicas.
Quinto: Deve ter uma boa apresentação, possuir um projeto atraente e ser de fácil manuseio no caso de fotos impressas.

Qual a melhor forma de apresentação?


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Foto: José Américo Mendes

  • Como já vimos as escolhas são as mais variadas. Numa concepção mais simples, ele pode ser apresentado em uma caixa, que deve ser trabalhada para causar uma boa impressão logo à primeira vista, de preferência em uma cor neutra, ou escura. Aliás, este primeiro contato visual, também conhecido como “primeira impressão”, que pode até parecer  sem importância, já foi objeto de estudos sérios, por estar presente em todos os momentos da nossa vida, seja   diário, com clientes, seja numa rápida examinada nos parceiros do elevador, seja na turma da  fila do cachorro quente. E é nessa primeira impressão que nasce a aceitação, ou a recusa, a simpatia e a rejeição…
Com tudo isso há, todavia, uma apresentação voltada para um seguimento de clientes mais refinados, como altos executivos de grandes corporações, em que os detalhes assumem  tal importância que os trabalhos são acondicionados em maletas executivas.
As fotos, montadas em cartolina preta, com uma margem de 2,5cm, conhecidas como “lâminas”, plastificadas ou não, são usadas tanto nas caixas quanto em álbuns.

Foto: José Américo Mendes
Foto: José Américo Mendes

São os “books,”  uma forma muito usada de exibição, que privilegia a forma  já que a aparência conta, e muito !! (A experiência mostra que os clientes são  influenciados pela organização do mostruário, e embora o assunto venha a ser abordado em outro artigo do colunista (O Fotógrafo Autônomo), não custa repetir que, mesmo dispondo de diversas formas de apresentação como CDs, tablets e pen drivers,  pesquisas realizadas em grandes feiras no eixo Rio/S.Paulo, mostraram que a grande maioria dos possíveis clientes, principalmente na faixa dos empreendedores, dá preferência a manusear as fotos impressas na hora da avaliação dos trabalhos, o que poderá, sem dúvida,  definir o contrato.)
Uma outra forma de apresentação é usar um cartão de 2mm de espessura, forrado com cartolina preta em um dos lados, com a foto colada bem no centro, deixando uma margem entre 3 e 4 cm, o que a diferencia da anterior. Neste caso não há plastificação e é uma forma clássica de apresentação na caixa, mas não no book. Crie uma etiqueta com seu nome e telefone e ponha sempre em cada folha, seja laminada, ou não. Identifique seu trabalho. E sem medo de ser repetitiva: acondicione as fotos em uma caixa estilosa. 

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Foto: José Américo Mendes

Qual o melhor tamanho?                           

De uma forma geral as fotos impressas giram em torno de 13X18 cm, ou 20X24 cm. Para as lâminas 13X18 cm é o melhor tamanho e elas são feitas, como já foi visto, com fotos montadas em cartolina, ou cartão, geralmente escuro, acondicionadas em uma caixa, ou pasta.

Foto: José Américo Mendes
Foto: José Américo Mendes

Uma lâmina pode ter a foto apenas de um lado, ou em ambos os lados. O grande defeito das lâminas plastificadas, é o reflexo de luzes no plástico, levando o cliente a buscar uma posição melhor para observar o material.  As fotos maiores devem ser apenas montadas em cartão.

Foto: José Américo Mendes
Foto: José Américo Mendes

E já que estamos tratando de fotos impressas não é preciso dizer que o papel é fundamental. Use de preferência papel fotográfico, que pode ser o  brilhante, embora tenha o defeito de marcar com facilidade as impressões digitais dos clientes que manuseiam as fotos sem cuidado; o semi mate, e o mate, mas pesquise nas lojas outros tipos e gramaturas, que produzem ótimos efeitos e valorizam as fotos, porque o papel pode, sem dúvida, destacar, ou liquidar o seu trabalho… (*)

Quantas fotos?                                  

Geralmente usa-se entre quinze e vinte fotos. Caso use algumas em ambos os lados o portfólio ficará entre vinte, ou trinta fotos. (Todavia, há fotógrafos, inclusive o colunista, que preferem portfolios menores,  em books, com  dez a vinte fotos, apenas em uma face e sempre com alguma coisa voltada para aquele tipo de cliente que será visitado.) Embora seja sempre aconselhável uma variedade de assuntos capazes de mostrar a versatilidade do profissional a quem quer que analise seu mostruário…
De uma forma geral a coisa funciona assim: para calendários de lojas a experiência mostra que paisagens, ou flores são as indicadas. Evite ao máximo fotos de crianças e pequenos animais, elas  caíram totalmente em desuso e são tidas como de mau gosto; para industriais, fotos de linhas de montagem, fabricação de estruturas e movimentação de máquinas são ótimos assuntos; valendo também fotos de cosméticos, perfumes, joias e bijuterias visando o público feminino, que sempre teve grande poder de decisão.
Há casos em que o cliente vê o portfólio e se decide de imediato pelo trabalho, enquanto há ocasiões em que ele pede que o material seja deixado para um exame mais apurado. Cabe ao fotógrafo dar um telefonema 24, ou 48 horas, depois para ter uma definição, já que o interesse é todo seu…
Um último conselho: uma coisa que tenho constatado nesses anos de trabalho lidando com as imagens mais incríveis, é que a maioria dos portfólios é relativa a produtos, que vão de aviões a sorvetes. Poucos profissionais mostram em seus portfólios os executivos das grandes empresas, em grande parte, é bom que se diga, por culpa das agências que não programam esse tipo de foto. Mas esse é um campo pouco explorado e merece um olhar mais atento.  O conceito que uma empresa desfruta junto ao público se cristaliza neles – a geladeira, o cortador de grama, o carro, a tv, são representados por aqueles homens, que raramente são incluídos em um trabalho de propaganda de suas empresas, seja num trabalho institucional, seja até mesmo em um brinde e isso é um erro.
Finalizando, é bom dizer que um portfólio nunca está completo, já que novas imagens serão sempre acrescentadas, para novos clientes. Cabe ao fotógrafo decidir quais fotos serão retiradas, mas nunca eliminadas definitivamente. Na verdade, o que há sempre, é um rodízio no conteúdo dos portfólios…”
Nota do colunista (*)
Geralmente as fotos são fixadas com fita adesiva dupla face, que é vendida em mais de uma largura e que pode ser usada apenas nas extremidades das fotos, ou seguir suas quatro faces. A 3M, por seu lado, possui um adesivo em spray muito usado em montagens de fotos maiores, que necessitem de uma fixação definitiva, como painéis e mostruários de lojas. Caso prefira usá-lo experimente em um material descartável antes de partir para um trabalho definitivo. É caro, mas funciona…